Um dos destinos mais badalados da Linha Verde – estrada que liga a Bahia ao Sergipe – a Praia do Forte tem apenas 14 quilômetros, mas oferece belezas de encher os olhos. Ao longo da preservada orla, a moldura é formada por areias claras, coqueirais, recifes e mar cristalino repleto de cardumes coloridos. Ao redor, as atrações ficam por conta das reservas ambientais e das ruínas do Castelo Garcia d’Ávila, a primeira fortificação portuguesa em terras brasileiras.
Desde a década de 80, a Praia do Forte abriga a principal base do Projeto Tamar – responsável por estudar e proteger as tartarugas marinhas. Tal ação foi fundamental para a preservação da vila que, mesmo concorrida na alta temporada, mantém a natureza da região intocada.
Além disso, a sede do projeto é um dos mais interessantes atrativos locais – o espaço conta com tanques de criação, aquários e biólogos de plantão para acompanhar a visita.
O Projeto Tamar foi criado na década de 80 para estudar e proteger as tartarugas marinhas no litoral brasileiro. São 21 bases espalhadas pelo país, sendo a da Praia do Forte a mais interessante e bem-equipada, com centro de visitantes, tanques e aquários com tartarugas e peixes, sala de vídeo, loja e restaurante. Entre dezembro e fevereiro é possível acompanhar os biólogos soltando tartaruguinhas recém-nascidas na areia.
O coração da Praia do Forte é a Vila, antigo ponto de encontro dos pescadores quando a região era apenas uma aldeia. O centrinho ganhou charme e sofisticação com as lojas, pousadas, bares e restaurantes que se espalharam pelas coloridas alamedas – a Alameda do Sol e a mais concorrida por conta dos bares, cafés e restaurantes e lojas de griffe. Calçado em pedras e com trânsito fechado para veículos, o espaço é também o point noturno da praia.
Primeira edificação militar portuguesa construída no Brasil, o Castelo Garcia d´Ávila teve suas ruínas transformadas em um misto interessante de museu e parque. Erguida em 1549, a construção tem como atrativos a Capela de Nossa Senhora da Conceição e passarelas que descortinam uma belíssima vista da Praia do Forte até Itacimirim, emoldurada por coqueirais. O castelo fica a três quilômetros da Vila e o acesso é pela estrada para a Linha Verde. Uma maneira emocionante de se chegar ao castelo é de quadriciclo, passando por trilhas em meio à mata Atlântica da Reserva Ecológica da Sapiranga.
Os recifes da Praia do Forte formam piscinas naturais na maré baixa, perfeitas para um mergulho em meio a peixes coloridos e águas transparentes. Na sede do Projeto Tamar há máscara e snorkel para alugar.
A área de proteção ambiental espalha-se por mais de 500 hectares de mata Atlântica, oferecendo dez trilhas que podem ser exploradas a pé, de bicicleta, a cavalo – e até de quadriciclo! Para as mais curtas, dá para contratar guias-mirins na entrada; para as mais longas, é preciso agendar no local. Os destaques são as espécies nativas da flora e da fauna da região, como tamanduás, micos, orquídeas, bromélias e gameleiras. Além do Centro de Visitantes, com biblioteca temática e um pequeno museu sobre a fauna regional, é possível curtir algumas aventuras como trajeto de jipe até um ponto do rio Pojuca para mergulho, passeio de canoa motorizada, tirolesa e passeio de caiaque por trechos de manguezal. A reserva fica a seis quilômetros da vila.
Visitantes ilustres, as baleias da espécie jubarte tomam conta da região entre os meses de julho e outubro, quando aproveitam as águas quentes para namorar, procriar e amamentar os filhotes. Para vê-las de perto, há passeios de escuna acompanhados por biólogos do Instituto Baleia Jubarte. A atividade dura cerca de cinco horas e inclui palestra na sede do Instituto. É preciso fazer agendamento prévio por email (ea.praidoforte@baleiajubarte.org.br) ou telefone (71-3676-1463).
Os fãs da observação de pássaros devem incluir o passeio no roteiro. O tour dura uma hora e meia e os melhores horários para contemplação são ao amanhecer e no final do dia.